Na obra sem título (2001), o ponto inicial é uma grande placa de ferro que cobre a parede e se estende para o espaço pelo chão. Nela, um conjunto grande de ímãs em pedaços está agrupado lembrando a forma de um tacape (arma indígena). No chão, sobre a superfície de metal, uma grande bengala reúne e agrupa sinos, cumbucas, funis e recipientes que remetem a materiais de laboratório. As luzes, posicionadas entre essas peças, conferem dramaticidade a ela, lembram o fogo – elemento usado tanto na culinária quanto na alquimia.
Ambas atividades são marcadas pela combinação, transformação e transmutação de elementos ao longo do tempo. Em 2012, durante a inauguração da galeria, como parte da instauração das obras, os caldeirões presentes nesse trabalho foram utilizados na preparação de um tipo de angu, que serviu de alimento para os homens que elaboravam a Tereza (1998).