A Galeria Claudia Andujar está dividida em três eixos conceituais: A Terra; O Homem e O Conflito. Os termos fazem referência à divisão do livro Os Sertões (1902), de Euclides da Cunha – A Terra; O Homem e A Luta –, que narra os eventos que sucederam a Guerra de Canudos (1896-1897), no interior da Bahia. Tanto a obra literária quanto as obras presentes nesse espaço propõem uma leitura sobre a relação dos homens e mulheres com a luta pelos seus direitos e pelo reconhecimento de território.
O homem
Esta grande sala foi pensada como um diário de campo da imersão da artista na cultura Yanomami, entre 1971 e 1977. Aqui vemos imagens cotidianas, como a vida na shabono (casa comunitária) e na urihi (terra-floresta), e também cerimônias, como rituais fúnebres, ingestão da yakoana (planta alucinógena), preparo cerimonial de alimentos, danças e o reahu (grande cerimônia que envolve várias comunidades).
O uso da luz natural, que simboliza o mundo dos xapiripë (espíritos ancestrais) evocados pelos xamãs, é peça-chave dessas obras e também deste espaço expositivo. Assim como todas as fotografias nesta galeria, a série Retratos foi feita na região do rio Wakata-ú (Catrimani), onde, em diferentes aldeias, Claudia Andujar passou suas mais longas temporadas vivendo com os Yanomami.
Neste eixo, estão expostas as séries: Casa; Floresta; Reahu; e Retratos.