O colecionador (2008) faz parte da série Saunas, que aborda a relação sensual e erótica desses espaços. Essa obra é o desdobramento de O Sonhador (2006), que sofreu ampliação tanto do seu tamanho quanto do seu desenho. Aqui, Adriana Varejão deixa de lado os azulejos barrocos portugueses e parte para a representação das peças de cerâmica monocromática, recorrentes na construção de espaços assépticos.
A pintura evoca uma falsa arquitetura, fazendo um jogo de perspectiva com uma sauna sem público, mas preenchida por azulejos, em disposição simétrica. O trabalho estabelece forte relação com a arquitetura da galeria, não só pela sua escala que mimetiza e dá continuidade ao ambiente interno da galeria, mas também, pela sobreposição dos planos.