A Galeria Claudia Andujar está dividida em três eixos conceituais: A Terra; O Homem e O Conflito. Os termos fazem referência à divisão do livro Os Sertões (1902), de Euclides da Cunha – A Terra; O Homem e A Luta –, que narra os eventos que sucederam a Guerra de Canudos (1896-1897), no interior da Bahia. Tanto a obra literária quanto as obras presentes nesse espaço propõem uma leitura sobre a relação dos homens e mulheres com a luta pelos seus direitos e pelo reconhecimento de território.
A Terra
Neste eixo curatorial estão reunidas fotografias em que a floresta amazônica é a personagem principal, deixando de lado a idealização romântica da paisagem em favor de uma visão mítica da natureza. Nas vistas aéreas, terra e água tomam a feição de bichos e de plantas, como se a paisagem estivesse animada. Para a artista, a vegetação do Lavrado (Roraima) se parece com répteis e felinos, e o painel do rio Negro, com uma cobra.
A vitrine no centro da segunda sala reúne publicações que são testemunho das diferentes facetas da singular trajetória indigenista de Claudia Andujar, como o número especial sobre a Amazônia da revista Realidade, publicado em 1971, com as primeiras fotografias feitas na aldeia do Maturacá (AM).
Nesse primeiro núcleo, estão expostas as séries registradas nos anos 1970: Rio Negro; Cachoeira de Santo. Antônio; Catrimani; Flora; Igapó; Lavrado; Maturacá; e Vitória Régia.