Na obra, sem título (1999), uma placa de vidro no chão serve de base para objetos que remetem à dualidade: transparência e opacidade, leveza e peso, delicadeza e brutalidade. As taças e recipientes de vidro, íntegros ou quebrados, se articulam com pedaços de esponja marinha e peças em ferro e chumbo. Uma delas é uma trança, cujos cabos conectam todos os elementos. Nessa obra, Tunga toma como referência o termo Nigredo, que em latim significa escuro, e era adotado pelos alquimistas para designar o primeiro estado da alquimia, a morte espiritual, ou seja, a decomposição ou putrefação.
O resultado final é um complexo que lembra experiências científicas sobre a condução de energia.