Através (1983-1989) tem como ponto de partida as lembranças de Cildo Meireles, de sua infância, de um momento de mudança quando se podia circular livremente entre os espaços domésticos e a rua para quando esses espaços passaram a ser cerceados por mecanismos de vigilância, tanto no sentido físico quanto no psicológico e ideológico.
O artista parte de objetos e materiais corriqueiros para o uso de construção de barreiras – como grades, cercas e arames – para que, através de um jogo formal de elementos, o visitante caminhe por esse labirinto, cujo chão forrado por cacos de vidro introduz o som como instaurador da atmosfera do trabalho.